28 de abr. de 2011
Pelo menos antigamente o sentimento durava até as cartas chegarem e serem respondidas, o que dava tempo de serem apreciadas e guardadas ao alcance das mãos, no criado mudo ao lado da cama.
Diferente de hoje em que você envia um “eu te amo” depois de apenas uma semana de conversa, e ele logo é esquecido, ficando apenas na memória de uma máquina sem sentimentos, em vez de guardada na memória de quem a leu. Aquele “eu te amo” fica sendo mais instantâneo que o meio de comunicação que você usou para enviá-lo. Infelizmente o amor que um dia você sentiu não pode ficar offline, apenas ausente, em um cochilo leve que apenas um “Olá, senti saudades” pode acordá-lo.
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